A Freguesia de Lagares e Figueira, no concelho de Penafiel, foi criada pela Lei 11A/ 2013 de 28 de janeiro, ficando definida a sua sede em Lagares.

As Freguesias de origem...

Lagares situa-se a cerca de 15 km da sua sede concelhia e tem por orago São Martinho.

A topografia local indicia a presença dos romanos na povoação que é também atestada pela ara romana descoberta na igreja de São Martinho de Lagares, cujas inscrições são dedicadas aos Lares Anaeci. Esta ara terá sido reutilizada, mais tarde, como base do altar do templo cristão existente entre os séculos X-XI.

Na Idade Média a Freguesia de Lagares inseria-se no chamado território de Anégia. Segundo Monteiro de Aguiar, os primeiros documentos escritos referentes à "Villa de Lagares" datam de 1088. Lagares foi uma reitoria da apresentação da Mitra e comenda da Ordem de Cristo, e era seu comendador o Conde de Ega, alcaide-mor das vilas de Guimarães e Soure.

Do património arqueológico local destacam-se várias sepulturas medievais, moedas em cobre, cerâmica, um machado em pedra polida e um capitel toscano do século IV. Do património edificado, destaca-se a atual Igreja Paroquial, inaugurada em 1971, com um traçado singular, da autoria do arquiteto António Corte Real a Velha Igreja, século XVIII-XIX, hoje centro histórico, e ainda a Capela de Nossa Senhora da Lapa. Valorizam o patrimônio têm construído várias capelas particulares, datadas do século XVIII, a Aldeia Preservada de Quintandona e o Parque de Merendas do Alto da Pegadinha. No Foral Manuelino de Penafiel, não esquece nove casais de Lagares exigindo tributos para a consolidação das finanças régias.

No século XVI, em Lagares, há registo de um casal de Escariz, que pertencia a uma filha de Pêro Vaz de Caminha e de sua mulher Catarina Vaz. Estas Casas eram emprazadas pelo Mosteiro de Paço de Sousa a Isabel de Caminha e seu marido, Osório.

Figueira dista cerca de 18km da sede concelhia e tem por orago Santa Marinha. O primeiro documento que faz referência a Figueira data de 1085.

Foi um curato da apresentação do Convento de Paço de Sousa e aproveitou do foral dado por D. Manuel I a Penafiel em 1519. Já em 1878, aparece no julgado de Rio de Moinhos. Do património local destaca-se o cruzeiro, a igreja e ainda o conjunto de moinhos de rego, movidos pela força motriz do ribeiro de Pisão, e ainda o núcleo rural de Figueira. No aspeto económico Figueira caracteriza-se ainda como uma localidade tradicionalmente agrícola.